De la Vie et de la Mort
Alguém me poderia explicar o que é uma "Associação Pró Vida"?
Liguei a televisão para ver as notícias, calhou me ouvir logo esta expressão...desliguei em menos de 2 segundos...seguramente a minha melhor acção do dia.
PS : Será o contrario de uma "Associação Pró Morte", aquelas associações communo-satanicas que só querem matar o pessoal, começando pelos fetus????
PS2 : Desenho de Sigur Rós
3 Comments:
As Associações Pró-Vida são compostas de gente que cada vez que se fala na despenalização do aborto saem a esbracejar com cartazes, manifestam-se onde for preciso, apresentam-se diante da comunicação social a dizer que é pecado, que não é ético, que não sei quê, mas nunca ninguém os viu a pôr os sapatinhos de marca num bairro social para lançar campanhas de informação e sensibilização para evitar que ocorram as gravidezes em circunstâncias que propiciam o aborto.
Exacto, também tens colégios do género que dão grandes benefícios aos alunos se estes forem ás manifestações
Ainda me lembro, recebi umas 30h de crédito para um projecto que estava a fazer! Valeu a pena, tendo em conta que perdi apenas 4 horas (a fazer cartazes e a mandar vir feito parvo!)
E falando em abortos, um verdadeiro aborto é este referendo que se vai realizar agora... realmente acho muito interessante esta tendência para distribuir milho aos pardais a ver quem debica as coisas... em vez de se perder tempo com referendos inúteis, que tal fazer planos para um levantamento das causas dos abortos em Portugal? Outro dia estava a pensar nisto e notei que bastava apenas uma análise cuidada dos censos (afinal eles sempre servem para alguma coisa!) para cruzar as informações de agregados familiares, gravidez na adolescência e condições sócio-económicas. E que tal proceder de maneira científica? É a populaça que tem que escolher, ou vamos começar a basear-nos em critérios objectivos? Mediante o resultado desses estudos, podíamos ter alguma ideia acerca de quem faz abortos (famílias desfavorecidas ou miúdas ricas e mimadas?). E se tal não fosse possível, que tal promover estudos em que os intervenientes ficassem anónimos? Parece que o que falta é seriedade a fazer aquilo que deve ser feito. Eu por acaso até nem sou a favor da despenalização (do aborto acho que ninguém deve ser a favor, salvo alguns sádicos e/ou satânicos), mas interessa também definir o que se entende por "aborto". Parece-me legítima a ponderação em abortar se se verificar que existem graves anomalias genéticas no futuro bebé. Mas o problema nisto tudo é que na pressa de escolher entre sim e não, não se consegue ver que o mundo não é só a preto e branco.
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