A luta continua
Humm postar no Ya Basta...It has been a while...
A luta continua... DD que me lembro k os estudantes do ensino superior lutam pelo fim das propinas...nd acontece, mas a luta continua.
Depois veio bolonha, e a luta continuou, e o belo do tratado foi aceite sem ter em conta o descontentamento geral...
Mas a luta continua... a luta continua com comícios, com protestos pacíficos de kd em kd etc...
Mas nos ultimos tempos tenho ouvido falar num pais... um pais onde kd os estudantes protestam o governo mexe se mesmo, estou a falar da França, o país onde a equação é protestos de estudantes=carros incendiados. Prg o k é mais triste, o facto de estudantes agirem desta forma ou o de so serem ouvidos desta forma?
A luta continua... DD que me lembro k os estudantes do ensino superior lutam pelo fim das propinas...nd acontece, mas a luta continua.
Depois veio bolonha, e a luta continuou, e o belo do tratado foi aceite sem ter em conta o descontentamento geral...
Mas a luta continua... a luta continua com comícios, com protestos pacíficos de kd em kd etc...
Mas nos ultimos tempos tenho ouvido falar num pais... um pais onde kd os estudantes protestam o governo mexe se mesmo, estou a falar da França, o país onde a equação é protestos de estudantes=carros incendiados. Prg o k é mais triste, o facto de estudantes agirem desta forma ou o de so serem ouvidos desta forma?
7 Comments:
É claramente o facto de só sermos ouvidos desta forma...
Há problemas nos subúrbios? Só quando se fazem ouvir ao queimarem carros.
Há pobreza? Só quando nos vem bater a porta, ou quando somos chateados por putos todos porcos na rua.
Há racismo? Só quando aparece um preto ou um ucraniano morto nos esgotos.
Há problema com os índios na América latina? Só quando pegam nas armas e marcham até a capital.
Hoje em dia para se ser ouvido, é preciso ser se Terrorista. É de onde vem o Terrorismo Poético, uma forma de entrar com caos na vida das pessoas mas sem chegar a magoa-las. Só assim é que se pode chamar atenção do homem comum, mais preocupado a saber com que cuecas vai ao trabalho hoje do que com o vizinho.
o que será mais triste? ambas as situações me parecem imensamente tristes... e devo dizer que sobretudo a segunda. Não será triste condenar a repressão pela violência a manifestações e ir, logo em seguida, incendiar carros? Parece-me que há aqui uma gritante contradição lógica. Leia-se que manifestação pacífica subentende uma manifestação em que não se põe deliberadamente em risco de perigo a liberdade das pessoas... Portanto, algumas pessoas têm uma noção de pacifismo um pouco duvidosa. Quanto à segunda situação, está a afirmar-se algo que é mentira. Será que temos que partir casas e incendiar carros para sermos ouvidos? É importante lembrar sempre a atitude de Gandhi, que apelando exactamente a essa não-violência foi a matriz da independência da Índia. Ou os monges budistas, que sofrem de uma falta de liberdade incrível porque uns certos senhores da China decidiram que era melhor anexar o Tibete. Não vejo o Dalai Lama a incendiar carros, vejo-o antes é por todo o mundo a mostrar às pessoas o que está a acontecer, que é uma autêntica invasão e perseguição. Mas isso foi sempre assim: no tempo dos romanos eram os cristãos, no tempo dos católicos eram os protestantes... Ponto n.º1: as pessoas podem ser ouvidas sem ter de incendiar carros. Ponto n.º2: se estou indignado com algo, posso manifestar-me de muitas maneiras. Uma coisa é escrever um livro, ou participar em conferências; outra muito diferente é resolver atirar cocktails molotov para cima de forças policiais... vamos lá a ver de que terrorismo falamos... queremos mudar as coisas para melhor através do terror, ou do medo, ou através da força das nossas ideias, ou dos nossos ideais?
Queria aqui rectificar um erro que fizeram. As manifestações dos estudantes contra o CPE e as violências de Novembro do ano passado não são a mesma coisa.
Foram dois momentos completamente separados pelo tempo (um em Novembro e outro em Fevereiro), pela causa (um por causa da repressão, da exclusão e do racismo, outro contra um contracto de trabalho), só os destinatários das duas mensagens é que eram os mesmos: o governo do UMP.
Em relação ao que dissestes, Daniel, ser pacífico é o ideal. Tentar mudar as pessoas ao escrever um livro, ou participar em conferências ou com uma música também. Mas quem hoje em dia vai a uma conferencia, ou lê um ensaio, ou houve musica consciente? São sempre os mesmos! Quando vou a uma manifestação, a um vernissage, a um festival de cinema ou a uma conferência, vejo sempre as mesmas caras. Essas caras estão prontas para mudar pacificamente o mundo, mas os 80% que restam? Os que só pensam no dinheirinho deles, que só se informam pelo telejornal, porque não tem de se esforçar a lerem e perceberem jornais, já que aparece tudo já mastigado, os que lêem, os que ouvem outra coisa do que aquilo que aparece na mtv, os que tem medo de árabes mesmo se nunca viram um?
Eu sempre acreditei que era possível mudar o mundo pacificamente, e continuo a acreditar, mas mais conheço pessoas, e mais vejo como as pessoas pensam, mais penso que vai ser difícil.
Quando vês que o Bush está no poder, que a direita conservadora ganhou na Suécia (com o problema da imigração em destaque) e que o Nicolas Sarkozi está a frente das sondagens em França…pergunto me que raio de povo somos.
Quando tenho um amigo que se diz communa e que depois diz que há muitos imigrantes em França, ou que utilizar as armas no Iraque foi bom, sobretudo sem me apresentar ideias ou justificações para isso, somente dizendo que assim é que é, eu pergunto me como é que um gajo assim pode mudar. Quando me mandam bocas dizendo que a equipa de França de futebol é só pretos e árabes (o que me faz pessoalmente sentir orgulhoso), o que vai na cabeça dessas pessoas?
Hoje em dia ser pacifista é ficar em casa a ver tv ou jogar playstation enquanto os massacres continuam no Darfour, enquanto a população angolana não toca num cêntimo do dinheiro do petróleo e dos diamantes, enquanto os índios do Chiapas ainda estão invisíveis, enquanto o Iraque está num chãos terrível.
Eu estive nas manifestações contra a guerra no Iraque ou contra a invasão do Líbano (sempre com as mesmas caras outra vez). Mas nada mudou.
Hoje estou séptico em relação a Humanidade.
Felizmente amanha já não vou estar.
PS: acabei de ver na dois um programa sobre a intolerância, onde mostravam que os anúncios tinham de ser cada vez mais violentos, para chamar atenção as pessoas, ou elas mudavam de canal. Hoje é tudo assim, uma coisa chata aparece, pegas no telecomando e já não existe para ti. É por isso que é preciso violência (estou a falar em chocar e não em magoar) para conseguir a atenção das pessoas. Não acho isso bem…só constato.
Tudo bem, mas com uma coisa não concordo. Não me parece que valha a pena ser tão pessimista. É verdade que estamos longe de uma sociedade ideal ou perfeita, mas também temos de ver no que tivemos de andar até chegar aqui... por exemplo, há um século atrás, Portugal tinha uma taxa de analfabetismo de meter os cabelos em pé. E se me dizes que ainda tem, eu só posso concordar com isso se estiver a analisar a situação no contexto de hoje. No declínio do Império Romano do Ocidente, a Europa estava cheia de povos que se matavam uns aos outros por causa de um pedaço de terra, ou riqueza. Na Idade Média só eram letrados as pessoas que ingressavam em Teologia. No Renascimento, dizer que era a Terra girar à volta do Sol era considerado heresia grave, e motivo de julgamento em tribunal eclesiástico. No tempo do Rei-Sol francês, a fome andava por toda a França. Antes de Pasteur, as pessoas morriam muito mais. E por aí adiante. Se isto tudo é hoje coisa do passado, ou pelo menos porque estas situações são muito diferentes do que hoje há entre nós, então eu acho que hoje estamos bastante evoluídos, e a informação chega a um enorme número de pessoas, e nunca os direitos (e responsabilidades) das pessoas foram tão salvaguardados. Acredito que as coisas vão continuar assim, e sempre a crescer. Mais, acho até que isso é inevitável. Chegámos a uma altura em que o nível de conforto material é francamente bom (pelo menos em muitas zonas do mundo), e podemos ter acesso a muita coisa em pouquíssimo tempo, o que nos deixa imenso tempo livre. As pessoas têm tanto tempo livre e tão menos preocupações materiais que facilmente começam a sentir-se desconfortáveis, isto porque elas sabem que, no fundo, não está tudo bem, que ainda há muito a fazer. E é aqui que começam a questionar... acho que o verdadeiro problema no meio disto tudo é a questão de as pessoas mudarem ou não. Isto é, mudarem para uma atitude verdadeiramente consciente. Na verdade, eu não acredito que as pessoas mudem... acho que todas as pessoas já sabem perfeita e exactamente o que se está a passar. Agora, se elas escolhem ignorar isso, aí temos outro problema. Ou se elas não têm tempo para pensar nisso porque precisam de arranjar comida para sobreviver, aí está outro problema. Mas para nós, que nos podemos dar ao luxo de conversas destas pela internet, acho sinceramente que as pessoas não mudam. Não mudam no sentido de deixarem de ser aquilo que agora são. O que tem que mudar é a maneira como as pessoas vêem as coisas, isto é, a sua capacidade perceptiva, e aí é que a educação é tão importante. Acho que um dos grandes problemas de hoje é exactamente a educação que nós levamos. Somos obrigados a enformar-nos numa coisa predefinida que nem sabemos o que é, e limitamo-nos a aceitá-la porque não conseguimos despertar a curiosidade que já existe em nós. A meu ver, o que é realmente preciso é dar uma volta de 180º à educação e planeá-la de uma forma que permita às pessoas aprender realmente algo, e compreender as situações, não apenas decorar meia dúzia de merdas que não interessam nem servem para nada. Se as pessoas fossem instruídas a pensar por elas, a questionar e a pôr em causa as coisas, certamente seríamos muitos mais. Mas isso é porque eu sou um optimista.
É exactamente o que quero dizer! ;)
Educação é a chave para ser responsavél. Mas o que dizer quando em Portugal um aluno (que não escolha o agrupamento de humanidades) só tem géografia (e só dois anos) e historia até o nono ano?
Eu tive historia/géografia dos 6 aos 17 anos (quando entrei na faculdade) e não percebo como não podem ter essas materias vitais para o conhecimento sobre o mundo que nos rodeia.
De facto, o problema também está na abrangência dos temas que são abordados no plano educativo. Mas acho que, para além disso (e é essencial ter uma visão de conjunto, concordo inteiramente), há um outro problema, estrutural, e de fundo, que é o modo como as pessoas encaram a educação. Instruir alguém deve ser dar-lhe os meios para que essa pessoas consiga, por ela própria, chegar às suas conclusões. Não apenas expôr uma data de factos de correlação nenhuma, e depois ainda vir exigir que saibamos relacioná-los de forma integrada. Atitude um pouco contraditória, não é verdade? É horrível ir-se para ciência e pensar que não temos que estudar filosofia, ou história... aquilo que realmente acho é que, no fundamento de tudo isso, está um erro de raciocínio que trava a compreensão dos fenómenos complexos que compõem a vida. Por exemplo, se a ciência fosse feita por máquinas, era apenas cumulativa. Mas a ciência é feita por pessoas, pessoas que vivem num dado tempo e num dado espaço, que pertencem a grupos sociológicos, que pensam desta e daquela maneira. E quanto mais para trás recuamos na história, mais vemos que arte, ciência, história, e até mística e simbolismo, estão tão interligadas que não é possível dizer onde uma começa e a outra acaba. Por isso é que acho que é um absurdo existirem disciplinas como "História da Ciência". A ciência é feita NA história, e POR pessoas. Tentar compreender a ciência desprezando as pessoas que a fizeram, ou o contexto em que se moviam, é tão insensato como tentar compreender o cálculo integral sem saber primeiro somar e subtrair números... Tem que existir integração, é verdade, mas não é só da parte dos alunos. Os professores, sobretudo, é que têm que dominar esses conceitos de forma integrada, para que a visão que deles possamos ter seja a mais fiel à realidade. Acho que assim toda a gente iria às aulas teóricas, e mais importante ainda, com gosto por estar a aprender coisas interessantes pelas quais se interessam realmente!!
Perdi me por entre estes apelos ao pacifismo e a passividade continuo a axar k regra geral as pessoas só são ouvidas kd abanam as coisas, o exemplo dos monges budistas é um mau exemplo pk dpx de tt tempo a serem passivos o k e k eles atingiram?
"Sou trotskista belicista pela revolução sou terrorista"
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