Bolonhesa fora de prazo
o problema de comunicação que impede a evolução da humanidade como um todo e do indivíduo enquanto pessoa encontra-se quando alguém de grande conhecimento numa dada área transmite essa informação do seu ponto de vista, isto é, como se estivesse a falar com alguém que possui tanta informação sobre o assunto visado como ele. Aqui está claramente um erro lógico, já que não faria sentido que alguém estivesse a ensinar, isto é, a fornecer informação nova, a alguém que já dela tivesse conhecimento. Eis aqui a causa de todos os problemas de ensino universitário.
A solução será a situação exactamente oposta: o comunicador deve transmitir informação como se estivesse a falar com alguém que possui muito pouca, ou mesmo nenhuma, informação sobre o assunto visado. Assim, toda a comunicação entre níveis de informação diferentes se baseia num processo de adaptação, em que o comunicador usa toda a sua informação de forma a apresentar apenas os aspectos essenciais da mesma, partindo desde o princípio até ao fim, procurando explicar, ponto por ponto, cada ponto da sua informação, e mostrar onde uns pontos se interligam com outros, e porque é que estão interrelacionados. Esta abordagem dinâmica, contrariamente à abordagem estática que tantas vezes é escolhida, permite uma integração global da informação nova, que, por ser desconhecida para a audiência, ou para cada um dos receptores, não pode ser compreendida, assimilada e acomodada, ou antes equilibrada, à mesma taxa que o processo decorre na mente do comunicador.
Como tal processo requer um maior intervalo temporal do que uma transmissão estática de informação, então é necessário aumentar o tempo da comunicação, de forma a que possa ser possível incluir nela a interligação dos blocos de informação desconhecida, e dos da conhecida também, elemento vital à compreensão global de um dado tipo de conhecimento.
Uma outra alternativa possível será a de diminuir a quantidade de informação que é transmitida, para que, assim, no mesmo intervalo de tempo disponível para uma exposição estática de informação, seja possível integrar os blocos de informação, numa perspectiva holística.
Assim, se com a Convenção de Bolonha o que se pretende é diminuir o intervalo de tempo disponível para a transmissão de informação, aumentando contudo a quantidade de informação que é transmitida, o que se fomenta é, claramente, uma transmissão estática, finita e adulterada da informação, em suma, de potencial conhecimento. Não me parece que traga algum benefício concordar com uma política de transmissão de informação assim.
A solução será a situação exactamente oposta: o comunicador deve transmitir informação como se estivesse a falar com alguém que possui muito pouca, ou mesmo nenhuma, informação sobre o assunto visado. Assim, toda a comunicação entre níveis de informação diferentes se baseia num processo de adaptação, em que o comunicador usa toda a sua informação de forma a apresentar apenas os aspectos essenciais da mesma, partindo desde o princípio até ao fim, procurando explicar, ponto por ponto, cada ponto da sua informação, e mostrar onde uns pontos se interligam com outros, e porque é que estão interrelacionados. Esta abordagem dinâmica, contrariamente à abordagem estática que tantas vezes é escolhida, permite uma integração global da informação nova, que, por ser desconhecida para a audiência, ou para cada um dos receptores, não pode ser compreendida, assimilada e acomodada, ou antes equilibrada, à mesma taxa que o processo decorre na mente do comunicador.
Como tal processo requer um maior intervalo temporal do que uma transmissão estática de informação, então é necessário aumentar o tempo da comunicação, de forma a que possa ser possível incluir nela a interligação dos blocos de informação desconhecida, e dos da conhecida também, elemento vital à compreensão global de um dado tipo de conhecimento.
Uma outra alternativa possível será a de diminuir a quantidade de informação que é transmitida, para que, assim, no mesmo intervalo de tempo disponível para uma exposição estática de informação, seja possível integrar os blocos de informação, numa perspectiva holística.
Assim, se com a Convenção de Bolonha o que se pretende é diminuir o intervalo de tempo disponível para a transmissão de informação, aumentando contudo a quantidade de informação que é transmitida, o que se fomenta é, claramente, uma transmissão estática, finita e adulterada da informação, em suma, de potencial conhecimento. Não me parece que traga algum benefício concordar com uma política de transmissão de informação assim.