22.6.06

De l'Amour et du Platonisme


Freud : Mec, la fille que t'aimes, enfin celle de Venize que tu ma dis la derniere fois...
Platon : ouai ?
Freud : Tu la classerais comment par rapport à la beauté féminine ?
Platon : 16/20...17 même...enfin pour moi c'est un 20!
Freud souriant : elle est intelligente ? Non, je reformule, tu l'aimes ?
Platon : Elle est super intelligente et super serieuse...
Il pense pendant quelques minutes et répond : Je sais pas....je suis trop loin d'elle pour ça je crois.
Avec un soupire : C'est la merde...je sais pas quoi faire de ma vie...
Freud : Menteur! Tu la kiffes (=aimer) c'est tout!
Platon : comment ça "tu la kiffes c'est tout"?
Freud avec un sourire : Je voulais demander si elle te plait?
Platon : Bien sûr! Grave...
Freud : Bah tu l'aimes alors
Platon : Je ne sais pas...Aimer ça vient avec le temps...C'est pas un truc qui apparait...ça se construit
Freud : Ta philo tu te la met dans le cul! Si elle te plait c'est le début d'aimer donc tu l'aimes!

αγαπώ, älska, amar, amare, ami, 喜欢, to love, lieben, 愛する, liefhebben, kochać, любить, sevmek...

(Fotografia tirada por Mitch Bacano em Lisboa, Dezembro 2005)

De la Vie et de la Paresse

Numa tarde de Junho, entre dois jogos do mundial :

Mãe : Anda lá! Vamos ao Pingo Doce!
Preguiçoso : Porra pá! Não me apetece nada ir as compras...Não Gosto! Consumir sempre Consumir...
Mãe : É preciso se quiseres comer.
Preguiçoso : Epá tambem não gosto de comer! É muita chato.
Mãe : Mas é preciso comer para viver. Tambem não gostas de viver?
Preguiçoso : Epá não, dà muita trabalho!

Acabaram por ir fazer compras, era a primeira vez em 5 dias que Preguiçoso saia de casa. A preguiça tambem faz com...(epa ja tou farto de escrever...vou mas é deitar me e ver TVI!)

« Obtenir les mêmes résultats en fournissant le moindre effort. C’est un signe d’intelligence. » Alain Cotta

16.6.06

sobre a razão e a fé

a que chamas fé? talvez possamos considerar que fé é aquilo em que se crê (acredita) quando não se tem a prova daquilo em que se está crendo, isto é, tomando como verdadeiro aquilo do qual não se tem certeza absoluta (uma prova objectivamente objectiva, isto é, matemática). Então, nós podemos ir perguntando pelo porquê das coisas. E, ao perguntarmos e inquirirmos tudo, chegamos a um ponto em que não temos nenhuma prova de coisa nenhuma! Que prova há da minha existência, da tua, ou de qualquer outra coisa que seja? Nós podemos, de facto, tanto quanto nos permite raciocinar, dizer que talvez possamos existir. Mas, na verdade, pode muito bem existir um ser, ou uma entidade, ou o nome que lhe queiram chamar, dotada de pensamento que sonha com outros seres que, também dotados de pensamento, nascem, vivem, crescem e morrem. Qual a diferença entre uma situação ou outra? Exactamente nenhuma! E tudo isso porque não temos prova nenhuma de que existimos, ou sequer de que qualquer coisa existe. Só vejo que possamos dizer, e a muito custo, que algo talvez exista, dado que temos consciência de nós próprios e de uma coisa a que chamamos mundo, que é o sítio onde nos movemos. Mas ninguém nos garante que isto é aquilo que realmente existe. E se nós nem da nossa própria existência podemos ter uma prova objectivamente objectiva, como é que podemos sequer afirmar a existência real das coisas a partir das quais apenas podemos ter percepções, ou sensações? Mais, como é que temos alguma prova de que podemos, de facto, compreender alguma coisa? E que prova existe de que existe uma coisa, a que chamamos lógica, subjacente a tudo aquilo que nos rodeia? Qual é a prova de que as relações de causa-efeito existem realmente? Nós simplesmente não sabemos... E até ao dia em que for provada por meio de uma matemática se existimos ou não, e que essa lógica é válida, só podemos fazer uma coisa: crer. E se, depois dos porquês todos, só podemos acreditar que existimos de facto, e que as outras coisas existem, então devemos chamar a isso , e assim vivemos em fé toda a nossa vida, pensamos, sentimos e falamos fé por todos os poros. Mesmo aquilo a que tão orgulhosamente falam tantos, a razão, não é mais que uma forma (mais exacerbada ainda, perceba-se) de fé. Porque a razão se baseia no pressuposto de que as coisas fazem sentido, e de que as coisas têm de fazer sentido, coisa que, tanto quanto sabemos, não foi provada por nenhum matemático. É certo que é muito atraente dizer que todas as coisas fazem sentido, porque nos parece a nós que há um sentido em todas as coisas. Mas, na verdade, não temos a prova, a certeza. E, portanto, quanto muito, só nos resta humildemente acreditar que as coisas fazem realmente sentido.

Ecos de pensamentos...

"Pensa num rio, denso e majestoso, que corre por milhas e milhas entre robustos diques, e tu sabes onde está o rio, onde o dique, onde a terra firme. A certa altura, o rio, de cansaço, porque correu por demasiado tempo e demasiado espaço, porque se aproxima o mar, que anula em si todos os rios, já não sabe o que é. Torna-se o seu próprio delta. Permanece talvez um braço maior, mas muitos outros se ramificam, em todas as direcções, e alguns confluem uns nos outros, e já não sabes o que está na origem do que é, e por vezes não sabes o que ainda é rio e o que é já mar..."

(O Nome da Rosa, Umberto Eco)